Erva de Santa Maria, Mastruz de Folha ou Mastruz do norte
Nome científico: Chenopodium ambrosioides
Usos populares ou tradicionais (Indicações):
Hematomas, rouquidão, câimbras, problema respiratórios, má circulação, pé de atleta, fraturas e contusões, hemorroidas, tuberculose, parasitas intestinais, repelente de insetos, principalmente piolhos e pulgas, gripes, sinusite, crises de renite, asma, limpa o muco e catarro, indigestão, problemas da gastrite, flatulência, auxilia na cicatrização de machucados que já não estão mais sangrando, pois possui muitos óleos essenciais que aceleram a cicatrização. Também é antibactericida e antiviral.
Segundo a crendice das regiões norte e nordeste do Brasil, bater o mastruz com leite e tomar ajuda a deixar o corpo imune a parasitas e bactérias.
Interações medicamentosas:
Estomáquica, diurética, vermífuga e infecções pulmonares. Usada externamente como cicatrizante, para aliviar dores e contusões musculares, dores nas articulações, auxiliar na cicatrização de ferimentos e dissolver hematomas.
Ações farmacológicas:
Possui várias vitaminas com A e C,
principalmente do complexo B. Também contém cálcio, potássio, ferro, fósforo
e zinco. Suas folhas possuem muitos óleos essenciais.
O efeito antiparasitário do ascaridol, um dos
principais componentes encontrados no óleo essencial do mastruz, já foi
amplamente demonstrado em estudos e este princípio ativo é muito tóxico para
áscaris e ancilóstomas. Estudos farmacológicos realizados sobre a planta em
relação a sua ação antiulcerosa, antimalárica, hipotensora, relaxante
muscular, depressora cardíaca, corroboram estas ações, quanto a atividade
antifúngica e antibacteriana frente a ainda existem controvérsias. E experiências realizadas em ratos mostrou não ter
toxicidade em doses adequadas e alterações somente em altas doses.
Contraindicações:
seu chá não é indicado para grávidas, pois é abortivo. Também pode causar infertilidade se não consumido por um período longo. Seu uso contínuo pode provocar náuseas, depressão do SNC, lesões hepáticas e renais, surdez, transtornos visuais, convulsões, coma e insuficiência cardiorrespiratória, por isso pessoas com doenças hepáticas, renais, auditivas e debilitadas não devem fazer dessa planta por via oral.
Entre os efeitos colaterais mais relatados estão a dor de cabeça, aborto, vômito, danos ao fígado, irritação na pele e mucosas, transtornos visuais e náuseas. Também existem relatos de que a planta induz a formação de tumores. No entanto, estes efeitos só são causados em casos de consumo exagerado.
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Forma de utilizar e posologia:
Como anti-inflamatório local e cicatrizante,
tratar sana, bicho geográfico usar três colheres de sopa das folhas e
sumidades floridas frescas picadas, amassar com um pilão, estender sobre um
pano e aplicar, duas vezes ao dia, no local afetado. Para piolhos usar a infusão para
enxaguar o cabelo ou misturar a tintura em sabonete ou xampu.
Para gripes e resfriados usar uma colher de sobremesa em uma xícara de água, duas xícaras ao dia, por dez dias.
É muito importante saber que o
óleo essencial não pode ser usado internamente, pois é altamente tóxico.
Chá:
levar ao fogo um litro de água,
juntamente com 3 ramos de mastruz. Deixe ferver e então abafe. Quando a
temperatura estiver agradável, basta adoçar, coar e consumir.
Vitamina: bater no liquidificador um litro de leite, 3 ramos da
planta e açúcar a gosto.
Infusão:
colocar uma xícara de café, de
folhas frescas (com sementes e flores), em 500 ml de água fervente, abafar e
deixar repousar, no mínimo, 5 minutos. Depois coar e beber uma xícara de 6 em
6 horas.
Desta forma a planta preserva todo o aroma e
as propriedades medicinais Esta infusão é indicada para o tratamento de
problemas de estômago.
Óleo: socar
no pilão folhas de mastruz, pilar até formar uma pasta; Retirar o material do
pilão colocar em panela de inox ou esmaltada e acrescentar o dobro de óleo
vegetal; Deixar em banho-maria durante
3 horas com a panela tampada; Deixar esfriar; Coar em pano limpo e seco;
Colocar o óleo em vidros e etiquetar; Validade: 1 mês.
Maceração: colocar
a planta fresca de molho em água fria de 10 a 24 horas. Folhas, sementes e
partes tenras ficam de 10 a 12 horas. Talos, cascas e raízes, de 22 a 24
horas. Coar e beber.
Suco:
bater as folhas frescas no liquidificador.
Sumo:
é extraído esmagando a planta fresca em um pilão ou pano. Uso oral ou
emplastro.
Tintura:
pesar 200 g de mastruz seca e triturada; umedecer a planta com o álcool
já preparado (70º GL) ou cachaça e aguardar até a planta ficar úmida; colocar
a planta umedecida em um vidro de boca larga e acrescentar um litro de álcool
de cereais ou cachaça; fechar o vidro e proteger da luz com um pano ou saco
de papel e deixar em maceração (de molho) durante 10 dias; todos os dias
fazer uma leve agitação do vidro; no décimo dia filtrar (coar) a tintura com
ajuda de um funil com papel de filtro de café ou em um coador de pano de
tecido fino; medir o volume da tintura filtrada que deverá ser de um litro.
Caso não obtenha 1 litro colocar um pouco de álcool ou cachaça sobre as
plantas que estão no funil ou coador até atingir um litro; guardar a tintura
em vidro escuro; colocar etiqueta no vidro com o nome da planta, data de
validade e fabricação, uso e dosagem.
A
tintura pode ser utilizada diluída em água.
As
tinturas também serão usadas no preparo de outros remédios, tais como pomadas
e xaropes.
Validade:
até 1 ano.
Pó:
secar o mastruz e triturar (pilão ou liquidificador); passar em uma peneira
fina até obter um pó; guardar em vidro seco e bem fechado.
Vinho
medicinal ou garrafada: para cada garrafa de vinho tinto usar 50
gramas de mastruz seco ou 100 gramas da planta fresca; cortar as plantas em
pedaços pequenos; se estiverem secas, transformar em pó e acrescentar o
vinho; deixar em maceração (de molho) durante oito dias; coar em pano seco e
limpo; colocar na própria garrafa do vinho e etiquetar; conservar em local
fresco, de preferência em geladeira.
Validade:
60 dias.
Gargarejo
ou bocejo: preparar o chá e deixar esfriar; fazer o
gargarejo e o bochecho. Indicado para garganta e problemas de gengiva.
Inalação:
colocar o mastruz em uma vasilha, jogar água fervendo; aspirar o vapor pelo
nariz, através de um pequeno funil de papel; cuidado para evitar queimaduras.
Emplasto:
esmagar a planta fresca, até formar uma pasta, colocar na área
afetada.
Banho:
fazer um chá bem forte ou coar ou tintura diluída. Colocar em uma bacia e
fazer o banho de acento
Compressa: Preparar
o chá, mastruz fresco ou seco; Embeber um pano; Aplicar sobre a área afetada;
Pode ser quente ou fria; Usado nas dores musculares e juntas.
Cataplasma:
preparar o chá; ainda quente, acrescentar farinha; Colocar sobre
um pano limpo e depois cobrir com outro pano; Aplicar sobre a região
afetada; Usado nas dores musculares e juntas.
Unguento:
aquecer até derreter a gordura animal ou vegetal. Misturar o
sumo do mastruz fresco ou chá bem. Ótimo para dores articulares.
Pomada:
derreter 1 quilo de gordura ou banha em banho-maria;
retirar do fogo, deixar esfriar um pouco; Colocar 100 ml de
tintura de mastruz; Mexer bem; Colocar nos potes ainda líquida
e rotular. Validade: 20
dias.
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Interações medicamentosas:
estomáquica,
diurética, vermífuga e infecções pulmonares. Usada externamente como
cicatrizante, para aliviar dores e contusões musculares, dores nas
articulações, auxiliar na cicatrização de ferimentos e dissolver hematomas.
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Contraindicações:
seu chá não é indicado para grávidas, pois é abortivo. Também
pode causar infertilidade se não consumido por um período longo. Seu uso contínuo
pode provocar náuseas, depressão do SNC,
lesões hepáticas e renais, surdez, transtornos visuais, convulsões, coma e
insuficiência cardiorrespiratória, por isso pessoas com doenças
hepáticas, renais, auditivas e debilitadas não devem fazer dessa planta por
via oral.
Entre os efeitos colaterais mais
relatados estão a dor de cabeça, aborto, vômito, danos ao fígado, irritação
na pele e mucosas, transtornos visuais e náuseas. Também existem relatos de
que a planta induz a formação de tumores. No entanto, estes efeitos só são
causados em casos de consumo exagerado.
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Toxicidade:
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Apesar
de ser amplamente usado no Brasil inteiro, é uma planta tóxica. E essa
depende da dosagem causada por um monoterpeno constituinte de seu óleo
essencial chamado ascaridol, cujo teor no óleo nunca é inferior a 60%.
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Referências bibliográficas
ARAUJO
A. M. M. Das ervas medicinais à fitoterapia. São Paulo: Ateliê Editorial
FAPESP, 2002.
BRASIL,
MINISTERIO DA SAÚDE, Cadernos de Atenção
Básica: Práticas Integrativas e Complementares: Plantas Medicinais e
Fitoterapia na Atenção Básica.
Brasília – DF, 2012.
BRITO,
Marcus Vinicius Henriques, CARVALHO, Daniel da Silva e ALBUQUERQUE, Ana M
Morais. Efeito do extrato de
mastruz em culturas de Staphylococcus Aureus e Escherichia coli. Rev. Para. Med., mar.
2008, vol.21, no.1, p.21-25. ISSN 0101-5907. Disponível<http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010159072007000100004&lng=pt&nrm=iso>
Acesso em 31de maio de 2015.
Catálogo
de plantas e fungos do Brasil, volume 1 /
[organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea
Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.
Acesso em: 31 de maio de 2015.
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