sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Erva de Santa Maria, Mastruz de Folha ou Mastruz do norte





Erva de Santa Maria, Mastruz de Folha ou Mastruz do norte

Nome científico Chenopodium ambrosioides



Usos populares ou tradicionais (Indicações):

Hematomas, rouquidão, câimbras, problema respiratórios, má circulação,  pé de atleta, fraturas e contusões, hemorroidas, tuberculose, parasitas intestinais, repelente de insetos, principalmente piolhos e pulgas, gripes, sinusite, crises de renite, asma, limpa o muco e catarro, indigestão, problemas da gastrite, flatulência, auxilia na cicatrização de machucados que já não estão mais sangrando, pois possui muitos óleos essenciais  que aceleram a cicatrização. Também é antibactericida e antiviral.
Segundo a crendice das regiões norte e nordeste do Brasil, bater o mastruz com leite e tomar ajuda a deixar o corpo imune a parasitas e bactérias. 


Interações medicamentosas:

Estomáquica, diurética, vermífuga e infecções pulmonares. Usada externamente como cicatrizante, para aliviar dores e contusões musculares, dores nas articulações, auxiliar na cicatrização de ferimentos e dissolver hematomas.



Ações farmacológicas:

 Possui várias vitaminas com A e C, principalmente do complexo B. Também contém cálcio, potássio, ferro, fósforo e zinco. Suas folhas possuem muitos óleos essenciais.

O efeito antiparasitário do ascaridol, um dos principais componentes encontrados no óleo essencial do mastruz, já foi amplamente demonstrado em estudos e este princípio ativo é muito tóxico para áscaris e ancilóstomas. Estudos farmacológicos realizados sobre a planta em relação a sua ação antiulcerosa, antimalárica, hipotensora, relaxante muscular, depressora cardíaca, corroboram estas ações, quanto a atividade antifúngica e antibacteriana frente a  ainda existem controvérsias. E experiências realizadas em ratos mostrou não ter toxicidade em doses adequadas e alterações somente em altas doses. 


Contraindicações:

seu chá não é indicado para grávidas, pois é abortivo. Também pode causar infertilidade se não consumido por um período longoSeu uso contínuo pode provocar náuseas, depressão do SNC, lesões hepáticas e renais, surdez, transtornos visuais, convulsões, coma e insuficiência cardiorrespiratória, por isso pessoas com doenças hepáticas, renais, auditivas e debilitadas não devem fazer dessa planta por via oral.

Entre os efeitos colaterais mais relatados estão a dor de cabeça, aborto, vômito, danos ao fígado, irritação na pele e mucosas, transtornos visuais e náuseas. Também existem relatos de que a planta induz a formação de tumores. No entanto, estes efeitos só são causados em casos de consumo exagerado.


Forma de utilizar e posologia:

Como anti-inflamatório local e cicatrizante, tratar sana, bicho geográfico usar três colheres de sopa das folhas e sumidades floridas frescas picadas, amassar com um pilão, estender sobre um pano e aplicar, duas vezes ao dia, no local afetado.  Para piolhos usar a infusão para enxaguar o cabelo ou misturar a tintura em sabonete ou xampu.
Para gripes e resfriados usar uma colher de sobremesa em uma xícara de água, duas xícaras ao dia, por dez dias.
É muito importante saber que o óleo essencial não pode ser usado internamente, pois é altamente tóxico.


Chá:  levar ao fogo um litro de água, juntamente com 3 ramos de mastruz. Deixe ferver e então abafe. Quando a temperatura estiver agradável, basta adoçar, coar e consumir.
Vitamina: bater no liquidificador um litro de leite, 3 ramos da planta e açúcar a gosto.
Infusão: colocar uma xícara de café, de folhas frescas (com sementes e flores), em 500 ml de água fervente, abafar e deixar repousar, no mínimo, 5 minutos. Depois coar e beber uma xícara de 6 em 6 horas.
Desta forma a planta preserva todo o aroma e as propriedades medicinais Esta infusão é indicada para o tratamento de problemas de estômago.

Óleo:  socar no pilão folhas de mastruz, pilar até formar uma pasta; Retirar o material do pilão colocar em panela de inox ou esmaltada e acrescentar o dobro de óleo vegetal;  Deixar em banho-maria durante 3 horas com a panela tampada; Deixar esfriar; Coar em pano limpo e seco; Colocar o óleo em vidros e etiquetar; Validade: 1 mês.

Maceração: colocar a planta fresca de molho em água fria de 10 a 24 horas. Folhas, sementes e partes tenras ficam de 10 a 12 horas. Talos, cascas e raízes, de 22 a 24 horas. Coar e beber.

Suco:  bater as folhas frescas no liquidificador.

Sumo: é extraído esmagando a planta fresca em um pilão ou pano. Uso oral ou emplastro.

Tintura: pesar 200 g de mastruz seca e triturada; umedecer a planta com o álcool já preparado (70º GL) ou cachaça e aguardar até a planta ficar úmida; colocar a planta umedecida em um vidro de boca larga e acrescentar um litro de álcool de cereais ou cachaça; fechar o vidro e proteger da luz com um pano ou saco de papel e deixar em maceração (de molho) durante 10 dias; todos os dias fazer uma leve agitação do vidro; no décimo dia filtrar (coar) a tintura com ajuda de um funil com papel de filtro de café ou em um coador de pano de tecido fino; medir o volume da tintura filtrada que deverá ser de um litro. Caso não obtenha 1 litro colocar um pouco de álcool ou cachaça sobre as plantas que estão no funil ou coador até atingir um litro; guardar a tintura em vidro escuro; colocar etiqueta no vidro com o nome da planta, data de validade e fabricação, uso e dosagem.
A tintura pode ser utilizada diluída em água.
As tinturas também serão usadas no preparo de outros remédios, tais como pomadas e xaropes.
Validade: até 1 ano.

Pó: secar o mastruz e triturar (pilão ou liquidificador); passar em uma peneira fina até obter um pó; guardar em vidro seco e bem fechado.

Vinho medicinal ou garrafada: para cada garrafa de vinho tinto usar 50 gramas de mastruz seco ou 100 gramas da planta fresca; cortar as plantas em pedaços pequenos; se estiverem secas, transformar em pó e acrescentar o vinho; deixar em maceração (de molho) durante oito dias; coar em pano seco e limpo; colocar na própria garrafa do vinho e etiquetar; conservar em local fresco, de preferência em geladeira.
Validade: 60 dias.

Gargarejo ou bocejo: preparar o chá e deixar esfriar; fazer o gargarejo e o bochecho. Indicado para garganta e problemas de gengiva.

Inalação:  colocar o mastruz em uma vasilha, jogar água fervendo; aspirar o vapor pelo nariz, através de um pequeno funil de papel; cuidado para evitar queimaduras.

Emplasto:  esmagar a planta fresca, até formar uma pasta, colocar na área afetada.

Banho: fazer um chá bem forte ou coar ou tintura diluída. Colocar em uma bacia e fazer o banho de acento

Compressa: Preparar o chá, mastruz fresco ou seco; Embeber um pano; Aplicar sobre a área afetada; Pode ser quente ou fria; Usado nas dores musculares e juntas.

Cataplasma: preparar o chá; ainda quente, acrescentar farinha;  Colocar sobre um pano limpo e depois cobrir com outro pano;  Aplicar sobre a região afetada;  Usado nas dores musculares e juntas.

Unguento:  aquecer até derreter a gordura animal ou vegetal. Misturar o sumo do mastruz fresco ou chá bem. Ótimo para dores articulares.

Pomada:  derreter 1 quilo de gordura ou banha em banho-maria;  retirar do fogo, deixar esfriar um pouco;  Colocar 100 ml de tintura de mastruz; Mexer bem;  Colocar nos potes ainda líquida e rotular.  Validade: 20 dias.


Interações medicamentosas:

estomáquica, diurética, vermífuga e infecções pulmonares. Usada externamente como cicatrizante, para aliviar dores e contusões musculares, dores nas articulações, auxiliar na cicatrização de ferimentos e dissolver hematomas.


Contraindicações:

seu chá não é indicado para grávidas, pois é abortivo. Também pode causar infertilidade se não consumido por um período longo. Seu uso contínuo pode provocar náuseas, depressão do SNC, lesões hepáticas e renais, surdez, transtornos visuais, convulsões, coma e insuficiência cardiorrespiratória, por isso pessoas com doenças hepáticas, renais, auditivas e debilitadas não devem fazer dessa planta por via oral.
 
Entre os efeitos colaterais mais relatados estão a dor de cabeça, aborto, vômito, danos ao fígado, irritação na pele e mucosas, transtornos visuais e náuseas. Também existem relatos de que a planta induz a formação de tumores. No entanto, estes efeitos só são causados em casos de consumo exagerado.






Toxicidade:

Apesar de ser amplamente usado no Brasil inteiro, é uma planta tóxica. E essa depende da dosagem causada por um monoterpeno constituinte de seu óleo essencial chamado ascaridol, cujo teor no óleo nunca é inferior a 60%.






Referências bibliográficas


ARAUJO A. M. M. Das ervas medicinais à fitoterapia. São Paulo: Ateliê Editorial FAPESP, 2002.

BRASIL, MINISTERIO DA SAÚDE, Cadernos de Atenção Básica: Práticas Integrativas e Complementares: Plantas Medicinais e Fitoterapia na Atenção Básica. Brasília – DF, 2012.

BRITO, Marcus Vinicius Henriques, CARVALHO, Daniel da Silva e ALBUQUERQUE, Ana M Morais. Efeito do extrato de mastruz em culturas de Staphylococcus Aureus e Escherichia coli. Rev. Para. Med., mar. 2008, vol.21, no.1, p.21-25. ISSN 0101-5907. Disponível<http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010159072007000100004&lng=pt&nrm=iso> Acesso em 31de maio de 2015.

Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>. Acesso em:  31 de maio de 2015.



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